THIAGO MARTINS

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Indígena é morta a golpes de faca no MA; companheiro da vítima é suspeito do crime

Uma mulher indígena, identificada como Deusiana Ventura Guajajara, de 28 anos, foi morta a golpes de faca, na tarde dessa terça-feira (7), dentro da casa onde ela morava, na aldeia Castanhal, na cidade de Jenipapo dos Vieiras, no interior do Maranhão.

De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, o suspeito de praticar o feminicídio é Evaldo Bezerra da Cunha Silva, de 39 anos, que era companheiro da vítima e fugiu após o crime.

A delegada Wanda Moura, do Departamento de Feminicídio da Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP), informou que o casal vivia um relacionamento marcado por agressões físicas e ameaças de morte.

As polícias Civil e Militar ainda estão à procura do suspeito. Além disso, a delegada Wanda Moura destaca que o feminicídio não é ato isolado, ele é o ápice da violência contra a mulher e faz parte de um contínuo de várias violências.

“Então, a mulher que vive relacionamento abusivo vai a cada dia sofrendo mais agressões. Por isso, a gente fala em escalada da violência, que essa violência vai ficando cada vez mais grave e ocorrendo em período cada vez mais curto de tempo. E o risco da mulher vir a sofrer o feminicídio é cada vez maior. Por isso, a gente aconselha e orienta todas as mulheres e a sociedade em geral, em casos de relacionamentos abusivos, denunciar o mais rápido possível para que a gente possa interromper esse ciclo de violência”, alerta a delegada.

Wanda Moura pontua, ainda, que o crime de feminicídio é autônomo, com pena muito alta, de 20 a 40 anos de prisão. Mas, antes da ocorrência do feminicídio, é possível se evitar o crime fazendo as denúncias de outros tipos de agressões que a mulher sofre ao longo de um relacionamento abusivo.

“Essa denúncia pode ser feita pelo 180 ou 181. É uma denúncia anônima, inclusive, e a partir disso a gente interrompe o ciclo da violência e salva a vida de mulheres”, destaca.

Com a morte de Deusiana Ventura Guajajara já chega a dois o número de feminicídio registrado só nos primeiros 7 dias de janeiro de 2025.

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